Mãe, preciso de descansar. Consegues vir com o pai cá para casa este fim-de-semana ficar com as miúdas?
Talvez o meu tom de voz desesperado tenha ajudado. O que eu sei é que a minha mãe disse logo que sim, que podia vir.
E nós lá saímos de casa, para um hotel a pouco mais de 15 minutos da nossa casa, porque só tínhamos dois dias para descansar e não podíamos estar a perder tempo em viagens.
Eu só me imaginava numa espreguiçadeira à beira da piscina – as últimas vezes que estive num sítio com espreguiçadeiras usei-as para depositar todos os sacos de roupas, toalhas, lancheiras e brinquedos delas e nem me sentei – quanto mais deitar!
A espreguiçadeira era o oásis no deserto do meu cansaço.
Levei um livro que já comecei a ler umas dez vezes e que nunca consegui acabar.
Sim, falámos muito sobre as miúdas – é inevitável quando se é pai e mãe – e falámos alguma coisa sobre trabalho – é inevitável quando se trabalha por conta própria.
Conversámos muito, e sem interrupções, saboreámos refeições, rimos, lemos, esponjámo-nos nas benditas espreguiçadeiras e – adivinhem lá? – acabei o raio do livro.
Valha-nos os avós!
Como eu a compreendo….Temos que aproveitar estás saídas que com crianças, isto acontece poucas vezes…bjs