As três de cachecol igual
O 26 de dezembro é dia de roupa velha.
Tal como o prato que se faz com o que sobra da consoada, é dia de pensar nas conversas do dia anterior, nas histórias que voltámos a ouvir ou nas que ouvimos pela primeira vez.
Dia de pensar naqueles que não víamos desde o último Natal e nas novidades que partilharam connosco. De pensarmos naquela prenda tão certeira e de voltarmos a rir do cachecol que saiu em triplicado para as manas.
Este ano o almoço de Natal foi em nossa casa. 18 pessoas que transformaram a sala num restaurante – mas o mais acolhedor de todos, de onde ninguém arredou pé.
Adultos à mesa com tempo para conversar e os miúdos no sofá a brincar com as novidades ou a dançar com o jogo da PlayStation.
É dia de barriga e coração cheio – e se ansiamos que a barriga vá à vida, já o coração pode ir assim, bem recheado, até ao próximo ano.
A minha tia Jú trouxe fotos da Lousã. Entre elas estava esta. Sou eu com dois anos, na praia. Olho para ela e vejo a Maria Leonor. Ou será só dos meus olhos? 🙂