Ontem o nosso gato de há 14 anos morreu. Já estava velhinho e muito magro por causa de uma insuficiência renal, uma pancreatite e sei lá mais o que é que o gato tinha!
Morreu durante a noite e, de manhã, as miúdas deram conta das movimentações lá em casa. Falámos com a Maria Rita, que de forma serena percebeu que ele estava finalmente a descansar.
Quando a Maria Inês acordou, achei que a tarefa seria mais complicada, porque ela fala sempre muito de familiares que já morreram e às vezes chora com saudades da avó.
Com muita atenção a cada palavra, lá lhe expliquei que o Gaspar já era velhote… que assim estava a descansar… que era melhor desta forma.
Ela olha para mim com aqueles olhos grandes muito abertos e diz: “menos um para chatear. Assim só temos a Maria Leonor!”
Nos primeiros segundos confesso que fiquei sem reacção mas depois tive de soltar uma gargalhada. Eu e a Maria Rita que só repetia “que horror, Maria Inês, tu és má!”.
Realmente as crianças são umas caixinhas de surpresa – e digo isto para dourar a pílula e afastar o pensamento de que poderei estar a criar um monstro!
Catarina, a minha filha, com 3 anos, aconselhou me a roubar uma lancheira que gostava muito, porque eu lhe disse que não a podia comprar! O irmão, na altura com 7, disse lhe que era doida, pois se a mãe roubasse ia presa!
Resposta:
– Ó Kikas a mãe ia presa, mas ainda ficávamos com o pai e eu ficava com a lancheira!!
Estarei a criar o quê??! ??
Hahaha. Adorei este comentário da lancheira! xD
?
Nos dias que correm temos que ser práticos!!! Eheheheheh