Há uma espécie de curva da vida para a forma como vivemos o Natal. Como nos gráficos, começamos a subir ainda nem demos conta porque somos bebés e estamos ao colo dos nossos pais. Atingimos uma velocidade considerável quando somos crianças e temos 4, 5, 6 anos. Continuamos a…
Ler maisA caixa de costura
O calor que se faz sentir impede-nos de brincar lá fora. São assim as tardes de verão da minha infância. No fresco da sala de costura da minha avó, eu e a minha irmã olhamos pela vidraça da janela as árvores imóveis, sem a mais pequena brisa com quem dançar.…
Ler maisSobre aquelas saudades feitas de cores e cheiros e texturas
Por cima da cabeça de caracóis pretos, o sol bate por entre as folhas da videira e projecta um naperon de sombras no chão de cimento quente. Os pés estão descalços à espera que a água percorra todas as curvas e contra-curvas da mangueira do quintal para lavar a terra…
Ler maisO postal de Natal
Por estes dias, estava a receber o meu postal de natal – o mais bonito de todos era sempre o dela. Comprava um selo a sério na papelaria, porque os da máquina dos correios eram fotocópias a cores mal-amanhadas e não estavam à altura da ocasião. Escrevia o seu nome…
Ler maisTobias, o meu tio super-homem
Quando eu era pequenina, achava-o muito alto. E, mesmo quando ficava muitos meses sem o ver, recordava-o sempre com um sorriso nos lábios e um botão quase a saltar da camisa – as camisas do meu tio deixavam sempre muito pouco espaço para a barriga respirar… Tobias, o meu tio…
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